Mirela termina de rezar e se joga debaixo das cobertas.
Sua mãe lhe dá um beijinho de boa noite, apaga a luz e sai do quarto.
Por uns instantes seus olhos tentam se acostumar com a escuridão e ela fica assustada.
– O que aconteceu? – pensa.
– Eu nunca dormi de luz apagada! – reclama em pensamento.
– Mãe? Mamãe?
Algum tempo depois, ouvem-se passos no corredor e a mãe, já de camisola com uma toalha enrolada na cabeça, entra e acende a luz.
– Oi amor, o que foi? Quer água?
– Não mãe, obrigada. Eu quero que você acenda a luz para eu dormir.
Sentada à beira da cama, a mãe relembra a filha da visita ao pediatra:
– Você não lembra o que o Dr. Paulo disse hoje? Nós devemos dormir de luz apagada, caso contrário o nosso cérebro continua funcionando e isso, com o tempo, vai nos causar estresse e dificultar o aprendizado, além de prejudicar nossa memória.
– Ah mãe, mas o meu “célebro” desliga rapidinho, não se preocupe! – diz a menina, fazendo graça.
– É cérebro, filhinha – corrige a mãe e continua:
– Não desliga não. Acho até que é por causa disso que você acorda de mau humor todos os dias.
– Mas eu tenho medo do escuro…
A mãe faz uma careta e pergunta:
– Ué, mas o que tem no escuro, que não tem com a luz acesa? O que é que muda?
A menina pensa, olha para cima e como não tem uma resposta rápida para dar, resolve apelar fazendo cara de choro.
– Ih, vai apelar, dona Mirela?
– Dorme comigo então mamãe? – pede, com o rosto todo molhado de lágrimas.
A mãe sabe que a menina precisa se acostumar a dormir com a luz apagada, mas entende que a mudança não pode ser tão radical assim, então negocia:
– Tudo bem, eu fico um pouquinho. Depois ligo o abajur e vou para o meu quarto, combinado?
– Combinado – responde soluçando e arremata:
– Aproveitando que você está aqui, me conta uma estorinha? Faz tempo que você e o papai não me contam…
– Mas nós te demos um tablet para que você assistisse alguns desenhos antes de dormir!
– Ah, mas é mais legal dar as mãos para você, fechar os olhinhos e te ouvir contar, até que a sua voz vai ficando lá no fundo e eu durmo…
A mãe, se sentindo culpada, concorda e começa:
– Era uma vez, uma menininha muito bonitinha, que tinha medo de escuro…
– Ah mãe! Assim não vale!
E as duas caem na gargalhada.

ATENÇÃO: você está acessando nosso site usando um celular ou tablet, por esse motivo não consegue ver os nossos Dedoches!
Cada estória vem com um par de dedoches para você imprimir, recortar e fazer com que a brincadeira seja muito mais divertida!
Acesse agora através de um computador ou notebook para conhecer os Dedoches!

Ei, que tal tornar a estória mais interessante, imprimindo e usando os nossos dedoches?

 

Ícone Dedoche
Ícone Imprimir Dedoches
Ícone Dedoche