Era uma vez um simpático vovozinho chamado Sergio, que tinha um par de meias muito especial. Essas meias já tinham mais de 50 anos e apesar de estarem praticamente se desfazendo, eram as favoritas dele. As meias tinham pequenos furos aqui e ali e sempre que isso acontecia, vovô Sergio pedia para a vovó costurá-las.

Vovó, que gostava de manter tudo em ordem, tentou várias vezes jogar as meias fora. Ela dizia: “Sergio, essas meias já viveram seu tempo. Vamos comprar meias novas!” Mas ele sempre recuperava as meias antes do lixeiro passar.

Um dia, seu netinho Thiago, curioso, perguntou: “Vovô, por que você gosta tanto dessas meias velhas?” O velhinho sorriu e se sentou com o menino no sofá.

“Ah, meu querido,” disse ele, “essas meias têm muitas histórias para contar. Eu as ganhei de presente da minha mãe quando era jovem, no dia em que consegui meu primeiro emprego. Elas me acompanharam em todas as minhas aventuras.”

Thiago ouvia atentamente enquanto o vovô continuava: “Essas meias estavam comigo no dia em que conheci a vovó. Eu as usei no nosso primeiro encontro e no dia do nosso casamento. Elas estavam nos meus pés quando segurei seus pais pela primeira vez. Elas têm memórias de alegria, amor e momentos preciosos.”

Thiago entendeu por que aquelas meias eram tão especiais para o vovô. Eram mais do que apenas meias velhas; eram um símbolo de todas as coisas boas que ele havia vivido. Vovó, ouvindo a história, percebeu o valor sentimental das meias e prometeu não tentar jogá-las fora novamente.

A partir daquele dia, sempre que as meias precisavam de reparo, vovó costurava com carinho e Thiago ajudava. Eles aprenderam que, às vezes, coisas aparentemente simples podem ter significados profundos e que o valor das coisas está nas memórias e sentimentos que carregam.

E assim, as meias do vovô Sergio continuaram a fazer parte da sua vida, lembrando a todos da importância do amor, das lembranças e da família.