Tarde de sol e a garotada corre pelo gramado do parque, cada um com sua bola.
Uns jogam futebol, outros vôlei. Mais adiante tem um pessoal jogando basquete.
Tudo estava bem, até que de repente todas as bolas são deixadas de lado.
– O que está acontecendo? – pergunta a bola de vôlei.
– O que é que todo mundo está olhando ali? – questiona a bola de basquete.
Uma multidão se aglomera em volta de um menino com uma bola de futebol americano nas mãos.
Uau, que legal! – diz um.
– Posso pegar? – pede outro.
Todo mundo quer ver de perto uma bola que não é redonda.
Algum tempo depois a curiosidade acaba e as crianças resolvem brincar juntas de esconde-esconde, enquanto os pais ficam conversando e tomando conta das bolas e dos outros brinquedos.
Por ser diferente, a bola de futebol americano é deixada de lado pelas outras, que cochicham sobre ela.
– Isso é uma bola?
– Que coisa mais estranha…
– Será que um caminhão passou por cima dela?
– É feia que dói…
– Ela deve ser doente… Não quero nem chegar perto!
Acostumada com os olhares desconfiados só por ser diferente, a bola de futebol americano aproxima-se das outras e puxa conversa:
– Olá! Meu nome é Steve! Sou uma bola de futebol americano. Posso brincar com vocês?
A bola de basquete é a mais ranzinza da turma e toma a iniciativa de responder:
– Eu sou Ernesto! Sou uma bola de basquete! Sou o chefe por aqui! – diz engrossando a voz.
– Ei, quem disse que você é o chefe? – pergunta uma bola de plástico colorida.
Ernesto então vira-se para ela e nem precisa falar nada, pois a bola engole em seco e fica quieta.
As outras bolas não ousam reclamar, talvez pelo jeito bravo e pelo tamanho da bola de basquete, que impõe respeito ou quem sabe, medo.
– Como eu estava dizendo, sou eu quem cuida de tudo por aqui – continua Ernesto.
Simpático e sorridente, Steve pergunta educado:
– E eu posso fazer parte do grupo de vocês?
– Eu não quero essa coisa estranha junto de nós – resmunga a bola de vôlei, enquanto todas as outras se olham.
– Sinto muito – diz Ernesto, que continua:
– Nosso grupo é exclusivo para bolas. Nós não nos misturamos com outros brinquedos.
– Mas eu sou uma bola também! – responde Steve.
A resposta arranca gargalhadas das outras bolas.
– Tadinha, acha que é uma bola – diz uma delas.
– Ela é uma aberração! – grita outra.
Assustada, a bola de futebol americano se afasta, enquanto as outras riem dela.
Durante um bom tempo ela fica triste, só observando todo mundo brincar.
De repente ouve-se uma gritaria.
É a garotada que se aproxima e pega a bola de futebol americano, levando-a para o centro do gramado.
– Eu vou ensinar vocês como se faz – grita o dono da bola.
E lá está ela reinando no meio dos meninos e meninas, enquanto as outras bolas ficam de fora da brincadeira.
– Bem feito prá vocês! – diz um aviãozinho de brinquedo.
– Que coisa feia que vocês fizeram só porque ela é diferente – critica um patinete.
– Espero que aprendam a lição! – grita uma boneca de pano.
A vergonha e o arrependimento são tão grandes, que as bolas não tem coragem de levantar os olhos e encarar os outros brinquedos.
Enquanto isso Steve continua feliz, sendo passado de mão em mão entre as crianças felizes!

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