Como Fofinho não parava de chorar, Mandachuva perde a paciência e dá um grito:
– Engole o choro!
Arregalando os olhos, Fofinho faz bico e fica quieto.
Mandachuva anda de um lado para o outro falando sozinho.
Mesmo sem chorar, Fofinho ainda incomoda o amigo com soluços e com o barulho dos pés se batendo.
Isso irrita o amigo, que olha enfurecido para ele, mas respira fundo e senta-se ao seu lado para conversar.
Ah, vamos às apresentações! Nossos amiguinhos são dois ursinhos de pelúcia. Fofinho é um urso branco com um lindo coração rosa bordado no peito. Mandachuva é azul, usa uma gravatinha borboleta, cartola e tem uma cara amarrada.
A tristeza de Fofinho é porque Aninha ganhou um celular e agora só quer saber de jogar o tal do Pokémon Go.
– Ela nos esqueceu aqui nesse canto! – choraminga Fofinho.
– Isso é só até a bateria do celular acabar… Depois ela volta a brincar conosco – tranquiliza Mandachuva.
Dããã! O celular tem carregador, seu bobão! – diz o outro irônico, fazendo careta.
A vontade do amigo é brigar com o chorão, mas ele se contém e continua:
– Fique tranquilo! O joguinho é novidade. Já já ela vem nos procurar! – diz, tentando convencer o outro, mas sem convencer a si mesmo.
Olhando bem para Mandachuva, o amigo pergunta:
– Você já viu esse celular? Ele é todo colorido, toca musiquinhas e tem um montão de jogos! Você acha que ela vai querer saber de nós?
Como o outro ursinho não esboçava resposta, Fofinho continua:
– Ela joga, assiste tv e filmes, conversa com os amigos e mais um montão de coisas legais! Ela nunca mais vai nos procurar! Nós vamos passar o resto da vida aqui, junto com esse monte de brinquedos velhos… – diz, quase em desespero.
Mandachuva engole seco, pois sabe que o amigo tem razão, mas mais uma vez ele se controla e diz calmamente, como que fazendo pouco caso do que ouviu:
– Acredite em mim… Não dou um dia e ela vai estar desesperada de vontade de brincar conosco!
Dito isso, cada um vai para um lado, pensativos.
Os dias se passam e nada de Aninha aparecer.
Do quarto só se ouve o barulho irritante do celular.
Eles já tinham perdido as esperanças de vê-la novamente, quando duas mãos se aproximam e fazem com que a felicidade volte aos seus corações.
– É ela! – pensam felizes.
Ops! Nada disso… É apenas a mãe da menina que os agarra e sai do quarto em direção ao quintal, reclamando:
– Que brinquedos mais sujos e empoeirados!
O barulho que ouvem a seguir é o da mulher mergulhando os dois em um balde com água e sabão.
Esfrega, esfrega e logo estão pendurados no varal para secar.
No final do dia a mãe os recolhe, mas ao invés de deixá-los à mostra no quarto, coloca nossos amiguinhos dentro do guarda-roupas.
À partir daí Mandachuva se junta a Fofinho nas lamentações e os dois choram juntos, abraçados.
É triste… É muito triste…
O tempo passa e o frio chega.
Agarrados um ao outro eles ouvem quando a menina grita para a mãe:
Manhê! Cadê os meus ursinhos?
Nesse momento parece que uma luz enorme se acende. Os seus coraçõezinhos batem forte e eles tem vontade de gritar:
– Aqui! Aqui! Nós estamos aqui!
– Será que a mãe dela vai lembrar que nos colocou aqui dentro? – pergunta Fofinho aos prantos.
Mal tem tempo de ouvir a resposta do amigo, pois a porta do guarda-roupas se abre.
É Aninha, que puxa os dois para fora e leva para sua cama.
Agora estão os três debaixo do edredom, bem quentinhos! Aninha no meio com o celular e um ursinho de cada lado.
A menina toca na tela sem parar para fazer com que o bichinho virtual salte os obstáculos.
– Nossa! Esse joguinho é muito legal! – exclama Fofinho.
– É… Muito! – responde Mandachuva, se agarrando a Aninha.
No final, todos estão felizes!

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