Rebeca chega da escola e desconfia que algo está errado.
– Papai em casa uma hora dessas? – pensou a menina.
Ela joga a mochila no sofá, lava as mãos e senta à mesa para comer.
Os pais se entreolham, cúmplices, aumentando a sensação de que estão tramando alguma coisa.
Depois de algum tempo a mãe quebra o silêncio:
– Como foi na aula hoje? Alguma novidade?
– Não, tudo igual mamis – diz, tentando decifrar o que estava acontecendo.
Ninguém mais fala nada durante um tempo, até que o pai não aguenta:
– Você não está notando nada diferente em casa, hoje?
Ôba, o mistério vai começar a ser desvendado.
A menina gira sobre a cadeira para olhar por toda a sala e não vê nada fora do lugar.
– Hum, aparentemente nada novo. Essa novidade está aqui? – pergunta ansiosa.
– Sim! – respondem ao mesmo tempo seus pais.
Rebeca levanta-se e vai lentamente andando e apontando para as coisas.
– Isso não, já estava aqui antes… Isso também não…
Até que chega ao canto da sala e fica na dúvida.
– O que é isso? É de verdade? – pensa em voz alta.
Ao chegar mais perto os olhinhos se mexem.
– Nossa, que susto! – diz, pulando para trás.
Mais um tempinho analisando e pergunta, respondendo:
– É um gato? É um gato!
O pai, todo feliz:
– É, filhinha! Lembra que você sempre desejou ter um gatinho? Pois é! A dona Guiomar, lá da recepção da empresa disse que a vizinha dela mudou para fora do país e deixou o Bichano para doação. Aí eu pensei: Por que não?
A menina olha, olha e o máximo que o gatinho faz é piscar os olhos.
– Ele parece uma estátua – resmunga, um pouco decepcionada.
É que ele ainda está estranhando a casa – justifica o pai.
A tarde passa lentamente, com a menina sentada no sofá, olhos fixos no gato, que parece ter sido engessado no lugar.
Ela levanta-se e vai até a cozinha. Finge estar bebendo água, mas olha de canto de olho para o bichinho, que não se mexe.
– Será que ele não come, não bebe, não dorme, não faz cocô? – pensa, intrigada.
Desistindo de entender “como funciona” essa criaturinha estranha, senta-se no chão com suas bonecas e brinca como se estivesse com as amigas no shopping.
Em um dado momento, a cabeça de Marilza, sua boneca preferida, solta-se e sai pulando pelo tapete.
Zap!
– O que foi isso? – grita a menina.
É Bichano, que salta, agarra a cabeça da boneca e começa a brincar com ela.
Rebeca fica muito brava e sai correndo atrás do gatinho, que leva consigo o pedaço da boneca.
Num pulo ele alcança a geladeira, de onde fica observando a menina esbravejar com ele.
– Ah senhor Bichano, desça daí e devolva a minha cabeça… a cabeça da Marilzinha! Vamos! Agora! – bufa a menina.
O gato finge que não é com ele, mas se cansa rápido do brinquedo e volta para a sua almofada.
– Olha só! – reclama Rebeca.
– Está toda babada! Mas você vai ver só quando o papai voltar… Vou contar a sua travessura e ele vai ficar muito zangado.
– Tem alguém que vai ficar de castigo hoje, ah se vai – diz, rindo.

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