Marquinhos morava com sua família em uma casa com um quintal grande e ensolarado. Apesar de ter apenas seis anos de idade, o menino tinha uma imaginação fértil e um espírito aventureiro que não conhecia limites.
Certa manhã, ele decidiu que era hora de enfrentar os temidos monstros e dragões que habitavam seu quintal. Primeiro, ele pegou um balde de plástico e o colocou na cabeça, transformando-o em um capacete reluzente. Em seguida, apanhou uma vassoura velha, que instantaneamente virou um destemido cavalo chamado Relâmpago.
Montado em Relâmpago e com uma colher em punho, que era sua espada mágica, Marquinhos se dirigiu ao varal de roupas coloridas. Cada peça de roupa pendurada balançava suavemente ao vento, mas aos olhos do jovem guerreiro, eram terríveis criaturas prontas para um duelo.
“Cuidado, Relâmpago! Ali está o dragão vermelho!” gritou Marquinhos, apontando para uma grande toalha vermelha que balançava ameaçadoramente. Com uma coragem imensurável, ele investiu contra o dragão, balançando sua colher-espada e soltando gritos de guerra.
Uma a uma, as roupas foram sendo derrotadas. O monstro azul, uma camiseta velha do papai, caiu diante dos ataques ágeis de Marquinhos. O dragão verde, representado por uma calça de moletom, foi despachado com um golpe final e triunfante. As calcinhas e cuecas viraram pequenos goblins travessos e as meias eram serpentes traiçoeiras que ele tinha que saltar para evitar.
No final do dia, Marquinhos havia salvado seu quintal de todas as ameaças. O sol começava a se pôr, tingindo o céu de laranja e rosa e ele, suado e exausto, retirou o balde da cabeça e abraçou a vassoura, seu fiel cavalo.
“Hoje foi um dia de vitórias, Relâmpago,” disse ele, com um sorriso satisfeito no rosto. Ele sabia que, enquanto tivesse sua imaginação e coragem, nenhuma aventura seria impossível.
E assim, o pequeno Marquinhos continuou a criar novas histórias, transformando seu mundo simples em um reino mágico onde ele sempre seria o herói.