Era uma vez um garotinho de 8 anos chamado Josué. Era véspera de Natal e a casa estava cheia de alegria e preparativos. A mãe de Josué estava no banho e seu pai se arrumava para irem passar o Natal na casa dos avós. A árvore de Natal brilhava com luzes coloridas e enfeites e o cheiro do peru assado enchia o ar.
De repente, a campainha tocou. Josué, curioso, correu para atender a porta. Ao abrir, encontrou uma mulher vestindo roupas rasgadas, com um bebê no colo e uma menininha de uns 4 anos agarrada à barra de sua saia. A mulher parecia cansada e preocupada.
“Oi, meu nome é Maria,” disse a mulher com uma voz suave. “Você teria alguma comida para dar para nós? Não temos nada para comer.”
Josué olhou para ela e sentiu um aperto no coração. Sem pestanejar ele se lembrou do peru que sua mãe havia acabado de assar. Com um sorriso bondoso, ele disse: “Espere um momento, eu volto já.”
Ele correu até a cozinha, abriu o forno com cuidado e retirou o peru. Colocou-o em uma travessa, cobriu com um pano de prato e voltou para a porta. “Aqui está,” disse ele, entregando a travessa para Maria. “Espero que isso ajude.”
Maria ficou emocionada com a generosidade de Josué. “Muito obrigada, meu querido,” disse ela, com lágrimas nos olhos. “Você é um anjo. Que seu Natal seja abençoado.”
Josué sorriu, sentindo-se feliz por ter ajudado. Quando sua mãe e seu pai descobriram o que ele havia feito, ficaram furiosos num primeiro momento, mas depois, olhando para o filho, sentiram muito orgulho e se emocionaram com o desprendimento e a bondade do menino. Naquela noite, ao contar a história para os avós, todos sentiram que o verdadeiro espírito de Natal estava vivo em Josué: a generosidade e o amor ao próximo.