O sol começa a passar por entre as folhas das árvores e alcança o brejo, onde passarinhos e pequenos roedores em algazarra se encontram para beber água.
Acomodado sobre um monte de terra no meio de tudo, está Carlos, o sapo.
Sua fama de ranzinza é conhecida em toda a região e ninguém em sã consciência ou por livre e espontânea vontade, cruza o seu caminho.
Aos poucos, um a um vão aparecendo os bichinhos ainda com sono e ao se depararem com o sapão mal encarado, recuam e vão para outro lugar.
Até mesmo os gatos do mato se sentem incomodados com sua presença.
Só tem um habitante da mata que não se importa com a aparência de mau dele: Vivi, a sapinha.
Quando ela passa saltitando, batem mais forte os coraçãozinhos de todos os meninos.
– Vivi! – suspiram.
E lá vem ela em direção à água, para refrescar-se.
Ao vê-la, Carlos esboça um sorriso, mas o que acaba saindo é uma careta, pois ele nunca sorri.
– Bom dia Carlos – cumprimenta Vivi, com sua voz suave.
– Bom dia Vivi – responde gaguejando.
A cena é engraçada e os bichinhos escondidos, deixam escapar risadas que irritam Carlos. Mas ele mantém a aparência de calmo, pois não quer afugentar a sapinha.
– Nossa, como essa água está fresquinha! Já experimentou? – pergunta para nosso amigo.
– Ainda não – diz, esticando a língua para pegar um pouco.
Só que ele não repara em uma folhinha que está flutuando e acaba engasgado com ela. Tenta puxar o ar que não vem e seus olhos ficam esbugalhados.
A bicharada agora ri descaradamente, o que faz com que o sapão dê pulos de raiva e espirre água para todos os lados, molhando a sapinha, que fica imóvel olhando para ele.
Quando percebe a mancada, tenta desculpar-se, mas a voz não sai. O desespero toma conta dele.
– E agora? A Vivi nunca mais vai querer falar comigo! – pensa.
Com água ainda escorrendo pelo seu rosto, Vivi vira-se para ele, abre um sorriso e pede:
– Que legal! Faz de novo?
O silêncio toma conta do lugar. Carlos olha fixamente para Vivi, parecendo não acreditar no que havia ouvido e como a sapinha continua sorrindo, resolve atendê-la e começa a pular como louco.
Agora os dois estão de mãos dadas, gritando e molhando todo mundo.
E assim começa mais um dia na mata!

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