Tic, tac, tic, tac…
Giovanna parece hipnotizada, olhando para o relógio da sala de espera do veterinário.
Tia Katia acha estranho e pergunta:
– O que foi Gi? Está gostando do barulho do relógio?
– Estou esperando o ponteiro grandão chegar lá em cima – diz a menina, sem tirar os olhos do relógio na parede.
– Ah tá… e quando ele estiver lá em cima, você sabe que horas serão? – pergunta a tia, que quer aproveitar a oportunidade para ensinar a sobrinha.
– Hum… 12? – responde sem piscar os olhos.
– Não, querida. O ponteiro maior vai estar no número doze. Então nós teremos uma hora cheia, mas é o ponteiro pequeno que diz que horas são. Onde ele está agora?
– No quatro – diz, mecanicamente a menina.
– Então, se o ponteiro pequeno está no quatro e o ponteiro grande está no doze, que horas são?
– Quatro e doze, tia.
Todos na sala riem da resposta e ficam curiosos em saber o porquê desse encantamento por um relógio antigo.
Apesar dos risos, a menina mantêm-se impassível. As pessoas entram e saem do consultório com seus bichinhos e isso não a tira da sua posição de alerta.
A porta abre e a médica chama:
– Tibor?
– É a nossa vez, Giovanna. Vamos? – diz a tia, saltando da cadeira.
– Pode ir tia, eu já vou… – responde a menina, balançando o braço esquerdo em direção à porta do consultório.
– Eu não posso deixar você sozinha agora. Depois você continua olhando para o relógio. Vamos?
– Tibor?
– Vamos, Gi!
Giovanna levanta, vai até a porta, sem tirar os olhos do relógio e diz para a veterinária:
– Moça, agora eu não posso! Já está quase na hora!
E pegando a mão dela, puxa-a para sentarem-se juntas.
– Agora! Vai acontecer! O “ponteirão” está chegando lá! – vibra, feliz e ansiosa, apertando a mão da médica.
Quatro da tarde. Expectativa na sala.
O relógio começa a fazer uns barulhos estranhos, uma portinha se abre e ele aparece!
– Cuco, cuco, cuco, cuco!
– Você viu que legal? – grita a menina, em êxtase.
– Ah, era isso que você estava esperando Gi? Mas por que você ficou o tempo todo olhando para o relógio. O cuco só aparece quando for uma hora completa – diz a tia.
– Eu não podia arriscar. Da outra vez que viemos ele não apareceu… – e continua:
– Quer dizer que às cinco horas ele vai aparecer de novo, tia? – diz, vibrando.
– Vai sim. E vai cantar cinco vezes.
– Nossa! Isso quer dizer que quanto mais tarde, mais ele canta – sorri, esfregando as mãos.
– Ai, ai, ai… nem venha com ideias, mocinha – diz a tia, puxando o cachorro para a consulta.
– Mas tia – diz Giovanna, esticando as letras.
Ambas entram e a porta se fecha.

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