O avô de Margot tem um sítio em uma cidadezinha do interior de São Paulo, chamada Jarinu.
– Acho que lá, todo mundo se conhece – diz a menina para os amiguinhos da escola.
– O vovô não gosta muito de sair de casa. Ele prefere ficar tomando conta dos porcos e da horta.
Esse final de semana vai ser prolongado e ela está toda animada por poder ficar tanto tempo junto com os avós.
– Eu vou me acabar de tanto comer! – fala para si mesma enquanto vai fazendo as malas.
Depois de mais de uma hora na estrada eles finalmente chegam.
A ansiedade de Margot é tanta que ela quase sai pela janela mesmo.
– Não precisa estacionar tão certinho papai! Olha o tamanho do terreno! – reclama, já tirando o cinto de segurança.
– Só podia ser de Áries mesmo… – resmunga a mãe sobre a impaciência da filha.
Beijos, abraços, vários pedaços de bolo de fubá e dois copos de leite depois, a menina já está sem as sandálias correndo só de meias pelo terreiro.
– Pode deixar que eu lavo direitinho depois – tranquiliza a avó para a nora, que está se descabelando vendo a filha se sujar toda.
– Não dou meia hora para que ela fique igual aos porquinhos do meu sogro – retruca a mãe de Margot.
Enquanto as duas conversam, a menina já sumiu das suas vistas.
E lá vai ela atrás do avô no galinheiro, ver a ninhada nova de pintinhos.
! Só tem um, vovô? – pergunta frustrada.
Inclinando-se para pegar o pintinho, o avô responde:
– Os outros já foram vendidos, mas eu guardei esse para você – diz, colocando-o cuidadosamente nas mãos da neta.
– Que lindinho! – fala Margot com lágrimas nos olhos.
– Eu dei o nome de Peninha para ele! Espero que você goste.
– Adorei vovô! Posso brincar com ele lá fora?
– Claro, mas não vá muito longe – pede o avô.
Vocês não acreditariam se vissem!
Margot na frente marchando e Peninha atrás acompanhando a menina, acelerado, pois suas pernas são muito pequenas.
– Um dois, feijão com arroz… Três, quatro, macarrão no prato – segue cantando.
E assim vai-se a manhã toda.
Na hora de almoçar, quem disse que ela quis se separar do bichinho?
Reclamou tanto, que sua avó colocou o pintinho dentro de uma caixa de sapatos, numa cadeira ao lado da menina.
Agora imagine o soninho que não bateu depois de toda a atividade e de um almoço farto.
Pois é, não deu outra! Durante boa parte da tarde ficaram os dois na rede, cochilando.
Os dias seguintes passaram rápido e enfim chegou a hora de ir embora.
Os avós e os pais já tinham ensaiado o que dizer para a menina, pois ela não poderia levar o bichinho embora, mas para surpresa de todos ela deu um beijinho em Peninha e entregou para o avô, com recomendações expressas para que ele cuidasse bem dele.
Ninguém entendeu a atitude da menina, que percebendo justificou:
– Vocês acham que eu ia levar o meu filhinho para aquela cidade poluída e cheia de gatos? De jeito nenhum!
E como ninguém disse nada, ela arrematou:
– Aqui ele vai crescer feliz… E nós podemos vir sempre para vê-lo, não é papai?
O pai sinaliza positivamente com a cabeça e depois de muitos beijos e abraços, já estão dentro do carro voltando para casa.

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