Pifipufi? – pergunta Valentina, incrédula.
O avô ajeita-se na cadeira, olha para os lados, coloca o dedo na boca e pede silêncio:
Shhhhh!
A menina olha desconfiada, enquanto o velho continua:
– Esse é um segredo da nossa família, que poucos podem conhecer – sussurra.
– Como assim? Então meu pai não sabe dessa estória?
– Não. Ele nem faz ideia…
Valentina encara o avô e vê que ele não está brincando. Ele fala serio.
– Mas por que o papai não pode saber?
– A regra é essa… avôs contam para os netos, mas pais não contam para filhos – diz o avô.
Esse mistério conseguiu a atenção total da menina, que acompanha o velho para o fundo do quintal.
Agachados, fingindo cuidar da horta, eles conversam.
– Ele é um ser que vive no mundo das fadas e que aparece de vez em quando para nos visitar – explica.
– Ele faz alguma mágica, atende pedidos… Por que ele aparece?
– Na verdade não… Mas sempre que ele vai embora, eu sinto uma paz e uma alegria muito grande! É como se ele viesse para acalmar meu coração e me fazer esquecer um pouco dos problemas.
– E quando eu vou vê-lo? – pergunta ansiosa.
– Quando ele quiser… Nós não temos controle sobre isso… – explica o velhinho.
Querendo saber mais, Valentina pede:
– Me conta como foi quando você o viu pela primeira vez.
Com os olhos se enchendo de água, o avô começa:
– Faz muito tempo… Eu tinha mais ou menos a sua idade. Meu avô me contou sobre o Pifipufi e no mesmo dia eu o vi pela primeira vez – e abaixando os olhos, continua:
– O vovô me levou para o pomar com a desculpa de que iríamos buscar algumas laranjas para o almoço.
Com o rosto apoiado nas palmas das mãos, a menina não perde uma palavra da narrativa do avô.
– Nós nos preparávamos para voltar quando ele me contou e eu não acreditei… Mas de repente uma luz bem pequena e muito intensa apareceu e ficou perto do vovô – o velho dá uma pausa, para completar:
– Ele me pediu para não ter medo e a luz foi aumentando até que ficou mais ou menos do tamanho de um mamão… Era ele, o Pifipufi!
– E como ele é? – pergunta a menina em êxtase.
O velho pensa, pensa e só consegue descrevê-lo como uma bolinha cor-de-rosa com asas.
– Ah! Ele também usa óculos!
– Então ele é uma menina? – questiona a menina surpresa.
– Sabe que eu não sei! Nunca parei para pensar nisso…
– Ué! Mas ele tem voz de menino ou de menina? – pergunta Valentina, abrindo os braços.
– Ele não fala, apenas faz um barulho que parece o zumbido de uma abelha – responde o velhinho.
A menina se mexe de um lado para o outro e fala:
– Nossa, mas agora a minha curiosidade aumentou ainda mais!
– Valentina! Vovô! O almoço está na mesa! Venham antes que esfrie! – grita a mãe da porta da cozinha.
Os dois levantam e atendem a mulher prontamente, pois ambos estão morrendo de fome.
A fome realmente deve ser grande, pois passam tão rápido pela porta, que não notam um brilho que se movimenta no canto da casa.
Será o Pifipufi, ou apenas um reflexo qualquer?
Bom, agora só vamos saber da próxima vez que visitarmos a Valentina e seu avô!

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