– Carlinhos, cuidado com essa bola dentro de casa! Você ainda vai acabar quebrando algo, menino! – reclama a mãe.
– Deixa ele filha. Só tem coisas velhas aqui mesmo – tranquiliza a vó.
– Podem ser velhas, mas são da senhora e além do mais, lugar de jogar bola é no quintal – diz, apontando para a porta.
– Ah mãe, eu estou tomando cuidado. Não vou estragar nada não… – responde o menino.
A mãe, irritada com a teimosia do filho, ameaça:
– Se você derrubar algo, eu vou furar essa bola!
Nisso alguém bate palmas no portão e as duas mulheres saem para atender. É a vizinha que veio para colocar a conversa em dia.
Com isso esquecem do menino, que faz a festa, correndo para lá e para cá, narrando o próprio jogo:
– Lá vai Cristiano Ronaldo… Lá vem Messi…
Tudo ia bem, até que Rogério Ceni rebate uma bola errado e ela acerta em cheio a prateleira de bibelôs da vovó.
Nosso amiguinho fica em pânico, mas por incrível que pareça, tudo cai sobre o sofá.
– Ufa, quase! – suspira o menino.
Mas a alegria dura pouco. Ao recolher os enfeites, nota que uma xícara está com um pequeno lascado.
– E agora? – pensa, enquanto entra em pânico.
– A mamãe vai brigar comigo e me colocar de castigo para o resto da vida – lamenta choramingando.
– Pior! Ela vai furar a minha bola!
Carlinhos sabe que não vai conseguir escapar dessa, mesmo com a vovó lhe protegendo.
– E se justo essa xícara for a preferida dela? – resmunga, olhando fixamente para a parte quebrada.
– Pensa Carlinhos, pensa – diz o menino, tentando encontrar uma saída.
– Meu Deus, me ajuda para que essa vizinha não vá embora agora. Que ela tenha muito assunto ainda – diz, como que estivesse rezando.
Só que a prece do menino não é atendida e sua mãe e sua vó já estão voltando para dentro da casa.
– Escondo a xícara?
– Começo a chorar, me ajoelho e peço perdão?
– Fujo para a casa da titia! É isso! Vou pedir asilo político!
Mas quando a vovó chega, ele respira fundo, caminha até ela e pede desculpas.
Vovó e mamãe olham para o garoto e ficam esperando a conclusão:
– Eu… Eu quebrei a sua xícara… – murmura de cabeça baixa.
A mãe fica muito brava e começa a brigar como menino.
A avó pega a xícara e começa a rir.
– Foi essa a xícara que você quebrou? – pergunta.
– Sim… – responde com o rosto molhado de lágrimas.
– Ah, mas isso já estava quebrado… eu mesma derrubei quando estava tirando o pó esses dias – diz, piscando para o menino.
A mãe agora muda o discurso:
– Mamãe! Já não te falei para não ficar guardando coisas quebradas? Isso não trás boa sorte!
Dessa vez Carlinhos se safou da traquinagem, mas quem teve que ouvir o falatório foi a vovó, que quase ficou com dor nos ouvidos.

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