Essa é uma estória comemorativa ao Dia do Índio – 19 de abril

Dudu ficou todo entusiasmado quando ficou sabendo que alguns índios visitariam a sua escola.
Ele até pediu para que sua mãe colocasse um calendário colado na parede de seu quarto, para que ele fosse marcando os dias à espera da visita.
No dia marcado ele acordou sozinho e quase não conseguiu tomar o café da manhã, tamanha a ansiedade.
Na ida para a escola o assunto era: índios, índios e índios!
– Será que eles vão atirar com arco e flecha para a gente ver? – perguntou todo excitado.
Antes que a mãe pudesse esboçar uma resposta, continuou com a metralhadora das perguntas:
– Eles vão fazer a dança da chuva? Vão andar pelados pela escola? Quando ficarem com vontade de usar o banheiro, vão correr para trás das árvores?
Não tinha como não contagiar-se com a alegria do menino.
A mãe então, vira-se para ele e pergunta:
– Você não vai descer?
Já chegamos? Nossa, estou pensando em tanta coisa, que nem vi!
Mal terminou a frase e já tinha sumido no meio das crianças.
Na sala de aula as crianças não falavam de outra coisa e os ponteiros do relógio, parecia que tinham quebrado.
Enfim chega a hora do recreio e todas as salas perfilam no pátio para ouvir a diretora falar sobre o dia do índio. Um teste de paciência para a criançada, que esperou muito por esse momento.
Quase um século depois, segundo o próprio Dudu, os índios começam a entrar.
A garotada estava alvoroçada e os recebeu com muitas palmas e gritos.
Dudu e os amigos se olham aliviados.
Ufa! Eles não estão pelados. Todos usam um tipo de tanga com umas franjas penduradas.
Os vinte minutos que eles ficaram ali, passaram rápido e a despedida foi muito calorosa, com a criançada mandando beijos para os visitantes.
Mal chegam na classe, Dudu faz uma careta e diz para a professora que precisa muito ir ao banheiro.
– Vá, mas não fique fazendo hora no corredor, pois nós já vamos começar a aula.
Ao entrar no banheiro, depara-se com um menino mais ou menos da sua idade, pele bem morena e cabelos pretos escorridos.
Nosso amiguinho fica olhando fixamente para o garoto, até que pergunta:
– Você… Você parece muito com um indiozinho que vi agora no recreio. Você viu?
O menino dá uma risada e diz:
– Sou eu mesmo! Eu estou diferente?
Quase não acreditando, Dudu balbucia:
– Mas você está usando calça jeans, tênis e camiseta…
Sorrindo, o indiozinho, provavelmente já acostumado com esse tipo de situação, responde:
– Quando nós saímos de nossa aldeia, nos vestimos assim. Mesmo em casa não usamos as roupas que você vê nos filmes.
E terminando de secar as mãos, completa:
– Os meninos andam descalços e com shorts ou bermudas. As meninas quase sempre usam saia e camiseta.
Ainda em choque, Dudu continua:
– Mas, mas… Você fala a minha língua…
– Ué! Nós não moramos no mesmo país? Então falamos a mesma língua.
Colocando uma mochila nas costas, disse antes de sair:
– Na sua escola você aprende o português e o inglês. Na minha aldeia nós aprendemos a nossa língua nativa, o português e agora já temos uma professora que está nos ensinando um pouco de inglês também.
– Bom, eu tenho que ir. Meus pais já devem estar me esperando no ônibus. Tchau! Foi um prazer te conhecer. – disse e saiu.
Dudu vira-se e também sai.
No caminho de volta à sala de aula, fala em voz alta, como se alguém estivesse com ele:
– Calça jeans? Inglês? Ônibus?
Ao entrar, a professora reclama:
– Que demora Dudu! O que foi, bebeu toda a água da escola no recreio?
O menino arregala os olhos, lembra que não usou o banheiro e sem falar nada, sai correndo de volta.

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