Gustavo não estava muito satisfeito em ter que cortar os cabelos. Na verdade ele estava muito bravo e emburrado.
– Eu gosto do meu cabelo assim, mamãe – argumenta o menino.
Mas ele está cobrindo os seus olhos, filho. Isso sem contar que você não me deixa penteá-los – justifica a mãe.
– É que a senhora quase arranca a minha cabeça quando penteia os meus cabelos – reclama.
– Olha o seu cabelo Gustavo! Está parecendo um mafuá de gatos *! – diz a mãe, passando as mãos pela cabeça do filho.
O menino cruza os braços, fecha a cara e faz bico.
A mãe ainda complementa:
– Olha isso! Todo emaranhado! Se alguém cair aqui, vai se perder e não conseguirá mais sair. Vamos ter que chamar os bombeiros!
Nosso amiguinho até acha graça, mas continua sério, com o olhar fixo no espelho.
– Como vai ser, então? – pergunta João, o cabeleireiro.
– Não sei… acho que aquele corte ali seria legal – diz a mãe, apontando para uma das fotos na parede.
– De jeito nenhum! Quer que eu seja a piada da escola?
– Ok, ok… então que tal aquele ali? Parece um homenzinho! – diz sorridente a mãe.
– Mãe! Você não gosta mais de mim? O vovô teria vergonha de usar um cabelo assim! Por favor!
Mãe e cabeleireiro se olham e João dá a sua opinião:
– Que tal se nós tirarmos o cabelo das laterais com a máquina e cortarmos um pouco em cima, para depois arrepiar com gel?
– Ai sim – sorri o menino.
– Não sei não. Vai ficar parecendo um porco espinho. Que tal aquele outro? – tenta desconversar a mãe.
– Vou ficar com cara de pastel.
, e esse aqui?
– Vou ficar parecendo uma menininha.
– Esse aqui, do lado?
– Se eu usar esse cabelo vou parecer um hipopótamo manco correndo na chuva.
Vencida, a mãe entrega os pontos:
, , Gustavo, corte os cabelos como você quiser… mas depois não diga que eu não avisei!
– Yes! Manda ver João! – diz, vitorioso.
Dez minutos depois, o menino está desfilando, de cabelos novos, todo feliz.
Antes de saírem, porém, Thamires, a filha do cabeleireiro aparece e Gustavo fica todo sem jeito porque ela sorri para ele.
A mãe, já na porta, apressa o garoto.
– Tchau sogrão, a gente se vê no mês que vem!
Ôpa, João não gosta muito dessa estória, mas isso é assunto para outro dia.

* Mafuá de gatos = expressão popular que quer dizer bagunça

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